domingo, 4 de setembro de 2011

DIA 5 DE SETEMBRO DIA DA AMAZÔNIA





Quando falamos em Amazônia lembramos de densa floresta tropical, biodiversidade incrível, riqueza de matéria-prima. Todos esses fatores positivos contribuem para que ela seja o que é hoje: alvo de especulações e inveja de grande parte das nações do mundo, principalmente das poderosas, cujo grande objetivo é apoderar-se de uma dádiva que veio florescer em pleno território brasileiro.
Em 1990, foi iniciado um trabalho na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia para determinar a distribuição da diversidade vegetal na Amazônia. Hoje, existe uma base de dados com a distribuição de mais de 3.500 espécies, capaz de gerar mapas por gênero, família ou total.
Somando todas as áreas recobertas pela floresta, temos o incrível número de 6 milhões de quilômetros quadrados. A parte brasileira é calculada em 3 milhões e meio de quilômetros quadrados, o que representa mais de 50% da floresta e 42% do território nacional.
Segundo o geógrafo Aziz Ab'Saber, a Amazônia tem características marcantes que tornam sustentável tamanha vastidão verde. Ab'Saber nos chama atenção à extraordinária continuidade das florestas , e da grandeza de sua rede pluvial, ressaltando ainda que apesar desta vastidão apresenta pouca variedade de ecossistemas, mesmo analisando regiões e altitudes diversas. Algo que nos salta aos olhos é a mesmice encontrada nas terras amazônicas, sempre com altas e densas florestas, bem servidas de rios e animais.
Autor: Juscelino Tanaka
SAUDADES DO AMAZONAS
Em meio ao seu verde, o fogo arde queimando o nosso pulmão.
Os pássaros perdem seus galhos, em desespero voam sem rumo na imensidão.
Os animais correm em círculos, perdidos na fumaça da morte certa.
Os gritos das aves, dos animais, das plantas...
Não são ouvidas pelos homens do poder sem visão...
Que não reconhecem o ciclo da natureza que tenta em desespero...
Limpar o ar que sujamos com nossos carros, nossas indústrias...
Quebrando o ciclo da água, reduzindo as chuvas...
Até chegar às grandes cidades, nos nossos campos que na seca matarão os gados...
A abundância das frutas brasileiras desaparecerá das nossas mesas.
Haverá dor naqueles que por muitas vezes jogaram as frutas no lixo...
E lágrimas rolarão sobre os olhos daqueles que a colhiam para comer...
Sentindo-nos impotentes, perguntaremos a nós mesmos:
O que fizemos com a nossa Amazônia?
O que não fizemos por ela.

Poema de Regina Enéas Martins